História
Museu Carlos Ritter quer criar associação
Nova direção do local, que resguarda mais de duas mil peças, encara as dificuldades para manter o acervo
Jô Folha -
Com o princípio básico de servir à população na aquisição de conhecimento, realização de pesquisas e fonte para projetos de extensão, o Museu de Ciências Naturais Carlos Ritter, o mais antigo de Pelotas, com 48 anos de atividades, respira dificuldades e tenta manter intacta a história, a arte e a preservação da fauna e da flora nos mais de dois mil itens do espaço, considerado um dos únicos no gênero no país. A nova diretoria, eleita para o biênio 2018/2019, mergulha nas questões burocráticas para levar adiante projetos que darão visibilidade às coleções, principalmente de animais taxidermizados. Uma das propostas é criar a Associação dos Amigos do Museu.
Destaque: mosaicos de insetos chamam a atenção dos visitantes (Foto: Jô Folha)
O diretor eleito pela comunidade do Instituto de Biologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), professor João Iganci, assessorado pela experiência do vice-diretor José Eduardo Dornelles, diz que foi a afinidade por museus de ciências naturais que o incentivou a comandar o local. "O primeiro passo está sendo analisar o relatório feito pela museóloga do Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo (Malg), Joana Lizott, especialmente para o Carlos Ritter, o que servirá como base para sanar dificuldades", comenta. A principal delas é adequar o ambiente que abriga os itens nas questões de temperatura, umidade e luminosidade. "Como o prédio é alugado, não podemos fazer algumas modificações", adianta Iganci. Uma vez em prática a Associação dos Amigos, os recursos somados poderão ser aplicados em pequenos investimentos. Sobre a possibilidade de um local próprio, direção e Reitoria da UFPel estão em tratativas.
Atrações
Entre as atrações do museu, a assistente administrativa Carolina Silveira Régis cita a coleção de aves, o acervo paleontológico (de fósseis), de conchas e de zoologia geral. Mas são os mosaicos de insetos que mais encantam os pequenos visitantes. Neles, o empresário Carlos Ritter confeccionou a fachada de sua cervejaria e a bandeira do império alemão.
Atividades
Depois de passar por diferentes prédios, o museu encontra-se na rua Barão de Santa Tecla, 576, por onde já passaram mais de 20 mil visitantes em um ano. "Nosso espaço ainda é o mais visitado, com cerca de cinco mil pessoas ao ano, mas a meta é aumentar o público, além das atividades de ensino", garantiu Igansi. Para o mês de maio já está agendada uma exposição. O museu possui basicamente espécimes de História Natural, dividindo seu acervo entre a coleção científica e a didática para exposição. Para as atividades educativas, a direção conta com apoio do Dnit-STE e do Núcleo de Reabilitação da Fauna Silvestre (Nurfs/UFPel).
Funcionamento
O museu abre de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h. As visitas de escolas podem ser agendadas pelo telefone (53) 3222-0880.
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